sábado, 21 de julho de 2012

Obstáculos à recolonização lupina II


No seguimento de um post anterior é agora novamente oportuno abordar esta temática. Tivemos conhecimento desta notícia http://www.laopiniondezamora.es/comarcas/2012/07/14/abaten-lobo-cubo-reducir-ataques-ganado/613443.html  que se refere a um abate legal de um lobo a Sul do Rio Douro realizado pelo Serviço Territorial do Meio Ambiente por motivos de "controle" na fronteira das províncias de Zamora e Salamanca. Esta ocorrência motiva-nos a uma reflexão profunda e levanta  questões (mais que muitas):

1 - Não obstante a fragmentação de habitat, limitações de habitat, mortalidade acidental com origem antropogénica (atropelamentos), mortalidade ilegal com origem antropogénica (furtivismo), qual será o sentido, num contexto de estratégia conservacionista de recuperação da conectividade populacional e fluxo genético, de se optar por este tipo de acções?  

2 - Que sentido terão estas acções num contexto ibérico de conservação do lobo?

3- Seria o indivíduo abatido um animal dito "problemático"? Com que grau de certeza? Com que dados?Duvidamos.

4 - Não será esta acção um mero exercício de relações públicas e cedência a lobbies?

5 - Não estará a Administração a contribuir para um aumento do conflito quando transmite o exemplo errado de que os prejuízos causados pelo lobo no sector pecuário só poderão ser resolvidos através de métodos letais?

Apelamos à reflexão sobre estas questões por parte de quem decide, estas acções não se coadunam com uma estratégia ibérica coerente de conservação do lobo a Sul do Rio Douro.

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